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Avatar de Ana Clara Klein Pegorim

Puxa, Mariana! Cheguei agora na newsletter, mas fui maratonando textos e cheguei nesse daqui.

Comecei a ler (e prometo continuar!) sua dissertação de mestrado, porque o Carrère tem me movimentado muito. Tenho lido e ficado muito impressionada com os livros dele, comecei por Ioga, fui para O Reino, Um Romance Russo, e agora V13.

E uma coisa que me incomoda muito: parece que muitos textos que falam sobre os livros aceitam (sem qualquer dúvida crítica!!!) o enquadramento que ele faz sobre as histórias que está escrevendo. Tomando Ioga como exemplo, li tanto por aí que o livro é "um livrinho simpático sobre ioga... que ele """teve que""" abandonar o retiro...". E eu fico abismada! Porque me parece impossível não desconfiar desse narrador! E do quanto tem de espaço, como você disse, entre realidade e papel - e ioga parece ser tão pouco sobre ioga, sei lá, talvez sobre a relação dele com a ioga ou com uma procura por paz, vazio, silêncio mental, mas principalmente a relação dele com a loucura, com ter se descoberto bipolar, com uma reavaliação da vida a partir disso.

E aí, queria perguntar: o que vc acha disso? Os livros do Carrère são mesmo sobre o que ele diz que são?

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Avatar de Artur Lins

Que texto... forte. T'en que ter um Carrère pra ancorar. O queijo, no caso.

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